05/02/2013
Ao mestre Platão
Tudo se desmancha facilmente. O mundo é feito de água e as pessoas de papel. Personalidades solúveis e maleáveis, moldadas pelas mãos dos que controlam os fantoches; nós fantoches de papel. Todos tememos dias de chuva e por isso procuramos nos abrigar em casas sem janelas. O que não vemos não nos afeta. Fantasiamos sobre o que acontece perto, pois o longe é perigoso; escutamos verdades distorcidas e cremos no absurdo. A única saída é abrir a porta e abstemos-nos entretanto, regidos por medo e conformismo. Rimos dos tolos que acreditam em mágica, sem ao menos a noção de que nosso real é fictício: a caverna moderna se estende sem limites, quando nos cansaremos de nos guiar por sombras?
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